Se existe algo que precisamos considerar de imediato aqui é o
fato de que estamos vivendo momentos de muita incredulidade no meio do povo
cristão. E isso, graças ao crescente número de adeptos das “teologias modernas”
que surgiram ao longo das últimas 3 décadas em nosso país e que já vinham contagiando
centenas de milhares de pessoas em todo o mundo, influenciando gerações e
enraizando-se inescrupulosamente no seio da igreja cristã.
No Brasil é muito comum encontrarmos centenas de relatos de crentes
que foram frustrados, ou vivem atualmente decepcionados, por causa de promessas
que lhes foram feitas no passado através da pregação dessas teologias, mas que até
hoje não se cumpriram e, pela compreensão bíblica correta, nem irão se cumprir.
Vejamos que crer nas promessas bíblicas revela a maturidade
espiritual do cristão, pois, independente das circunstâncias, as promessas bíblicas
se cumprirão em sua vida de qualquer maneira. E as promessas inseridas na
Palavra de Deus são para nos ajudar na caminhada desta vida e elas, pela fé, nos
“empurram” para frente em direção à terra prometida nas Escrituras.
Sendo assim, a grande questão aqui é saber discernir entre a
pregação das promessas bíblicas e a disseminação de uma hermenêutica equivocada
e oportunista, já que a intimidade com Deus transcende os aspectos das
conquistas materiais, pois está alicerçada na busca de uma vida eterna futura, e
não numa busca inconseqüente e incessante por realizações terrenas.
Vivemos dias de absoluta “loucura” em termos de compromissos e
ausência de tempo. Todos querem tudo e cada vez mais rápido: comer, crescer, enriquecer,
conquistar, realizar-se. Porém, a Palavra de Deus nos diz: “Sede, pois irmãos,
pacientes até a vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da
terra, aguardando-o com paciência, até que receba a chuva temporã e serôdia.” Tiago
5: 7
A paciência é a base firme onde se apóiam aqueles que têm
intimidade com Deus.
A paciência é fundamental para nós, pois ativa a nossa fé e a
nossa defesa contra a ansiedade e a inquietude da vida. “Por isso vos digo: Não
andeis ansiosos quanto à vossa vida…” Mateus 6: 25, “Não andeis, pois inquietos...”
Mateus 6: 31, “Não vos inquieteis, pois pelo dia de amanhã, porque o dia de
amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.” Mateus 6: 34
A paciência estimula os nossos corações a confiar no Senhor. E
confiar no Senhor é depositar Nele toda a nossa expectativa quanto à vida; e
isso, hoje, amanhã e sempre. É não se preocupar onde vamos habitar ou se seremos
alimentados ou não. Confiar no Senhor é deleitar-se plenamente Nele, entregando
cada detalhe da nossa vida em Suas mãos!
Confiar no Senhor é estar quieto, tranquilo e seguro. É ter
certeza de que “os que confiam no Senhor serão como os montes de Sião, que não
se abalam, mas permanecem para sempre.” Salmos 125:1
É saber que “se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham
os que edificam, se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela” Salmos
127:1, e, por estes motivos, optar por não correr atrás do vento, mas seguir
pelos caminhos que o Senhor determinar, sabendo que a vontade Dele é boa,
perfeita e agradável.
Precisamos combater e retirar do meio do povo cristão essas
teologias de conteúdos pífios, que se apresentam extensas em seus conceitos modernos,
mas que são totalmente rasas em sua essência bíblica.
Precisamos nos voltar aos ensinamentos legítimos e autênticos
das Escrituras Sagradas, pois lá, de maneira inequívoca, aprendemos que a nossa
intimidade com Deus não está alinhada com aquilo que conquistamos ou não nesta
terra.
Independente de tudo e de todos, Deus continuará sendo Deus e
nós continuaremos sendo seus filhos amados, mediante a aceitação do sacrifício
de Cristo.
Precisamos lembrar sempre que, sem merecer e sem fazer por onde,
a maior de todas as benesses desta vida já nos foi conquistada na cruz: o
direito de termos o nosso nome escrito no Livro da Vida – Lucas 10: 17-20. E é
isso o que realmente importa para nós.
Deus te abençoe.