17.2.14

Como vencer as tentações.

A tentação entre os homens é um problema universal. Tanto salvos quanto não salvos, crianças ou adultos, ricos ou pobres, elegantes ou brutos sabem o que é tentação.

Tentação em geral é usada por Satanás para destruir moral e virtudes. A tentação sempre tem o objetivo de induzir ao pecado. Satanás é a fonte maior de tentação. Ele não tem como fazer diferente. Por isso a Bíblia fala dele como o Tentador (Mt 4.3; I Ts 3.5), Homicida, pai da mentira (Jo. 8.44) e Diabo (Ap 12.7-10; Mt 4.1) nome que significa acusador ou difamador. Ele usa o mundo e a carne, seja a nossa ou de outros, para que haja pecado e destruição (I Jo 2.16, “Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo.”).

É importante frisar que ser tentado não é pecado. A tentação torna a ser pecaminosa quando cedemos a ela (Tg. 1.13-14, “Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebida, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte.”).

Jesus Cristo foi tentado e a Sua tentação não foi considerada pecaminosa (Hb. 4.15, “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.”; Mt. 4.1-17). Quando tentado, temos duas opções: ou caiamos ou não.
É importante que saibamos também que provação é o que Deus usa para desenvolver a fé dos cristãos. Às vezes a Bíblia usa a palavra tentação quando é uma provação (Tg 1.2; I Pe 1.6). Para saber se uma determinada aflição é de Deus ou não, examine os seus frutos.

Se a aflição assemelha ainda mais o cristão à imagem de Cristo, pode saber que vem de Deus. Se for para a destruição do Cristão não vem de Deus.

Deus sempre busca o melhor para o Seu povo (Rm. 8.28, “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.”). Deus nunca busca nada mal para os Seus (Tg 1.12-13, “Bem-aventurado o homem que suporta a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam. Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta.”).

Êxodo 20.20, diz: “E disse Moisés ao povo: Não temais, Deus veio para vos provar, e para que o seu temor esteja diante de vós, afim de que não pequeis.”. Diferentemente da tentação, não temos opção diante das provações. Elas vêm a nós se quisermos ou não. Porém, como a tentação, a nossa reação à provação depende em nós.

Agora, devemos aprender que cada tentação produz um vencedor ou um vencido.

Os VENCIDOS são os que estão do mundo e não têm a salvação por Cristo - Jo 8.44, “Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira”. Por desejar a vontade de Satanás compartilham com ele e o seu fim (Ap. 20.7-15; Hb. 2.14; Rm. 6.16).

Todos os homens começam suas vidas neste mundo mortos para o bem: Rm 3.10-18; 5.12, “Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram.”

Todos andam segundo o curso deste mundo que segue as ordens do príncipe das potestades do ar (Ef. 2.2-3, “2 Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência. Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também”). Por isso são vencidos pela tentação. Não têm como resistir àquele que satisfaz a concupiscência.

Somente pela misericórdia e o grande amor de Deus existe a salvação desta escravidão, desta morte do pecado: Rm. 5.15, 16, 18, “Mas não é assim o dom gratuito como a ofensa. Porque, se pela ofensa de um morreram muitos, muito mais a graça de Deus, e o dom pela graça, que é de um só homem, Jesus Cristo, abundou sobre muitos.”; 16, “E não foi assim o dom como a ofensa, por um só que pecou. Porque o juízo veio de uma só ofensa, na verdade, para condenação, mas o dom gratuito veio de muitas ofensas para justificação.”; 18, “Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida.”; Rm 8.1, “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito.”; Ef 2.1-10.

Os VENCEDORES são os que estão no mundo, porém têm a salvação por Cristo – I Jo 5.4-5, “Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé. Quem é que vence o mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus?”

O Espírito Santo habita no cristão e guerreia contra a carne. Quando o cristão anda no Espírito, não cumpre a concupiscência da carne (Gl 5.16, “Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne”). Por isso, Jesus Cristo instrui o cristão a vigiar: Mt 26.41, “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca.”

Os VENCEDORES lutam contra a carne, o mundo e as tentações de Satanás. A vitória está em Jesus Cristo: Rm. 7.20-25. Essa vitória vem pela graça de Deus: I Co. 15.10. Por Deus amar a benignidade (Mq. 7.18, “Quem é Deus semelhante a ti, que perdoa a iniquidade, e que passa por cima da rebelião do restante da sua herança? Ele não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na sua benignidade.”) somos mais que vencedores: Rm. 8.37.

Às vezes o cristão é surpreendido  em alguma ofensa (Gl 6.1). Quando o cristão peca, ele não volta ser dominado pelo pecado e também não perde a salvação. Todavia ele perde a comunhão com Seu Pai celestial. Para voltar a ter a comunhão é necessária a confissão e abandono do pecado, constantemente: I Jo. 1.7-10, “Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado. Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça. Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a Sua Palavra não está em nós.”; Pv. 28.13, “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia.”; Cl. 2.6-7, “Como, pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim também andai nele, arraigados e edificados nele, e confirmados na fé, assim como fostes ensinados, nela abundando em ação de graças.”

A tentação é igual ao próprio tentador que a usa, ou seja, enganadora. A percepção da sua natureza enganadora é velada. No lugar da verdadeira percepção da natureza enganadora de toda tentação é uma mentira que ela não é nociva, mas inocente e admirável. Portanto a natureza da tentação é enganadora.
A tentação é como as concupiscências, que são incitadas, ou pela carne onde habitam ou pelos dardos inflamados do Tentador. As concupiscências atraem-nos para o pecado com promessas vãs. Portanto podemos saber que a natureza da tentação é mentirosa.

A natureza da tentação é igual ao seu resultado, ou seja, destruidora. Ela provoca o pecador manter-se separado de Deus e o Cristão viver menos para a glória de Deus. Satanás e todos os que são enganados por ele serão lançados no lago de fogo (Ap. 20.11-15). Que terrível fim! Portanto podemos saber que a natureza de tentação é destruidora.

Portanto, devemos buscar diligentemente a sabedoria: Pv. 2.1-9, “Filho meu, se aceitares as minhas palavras, e esconderes contigo os meus mandamentos, 2 Para fazeres o teu ouvido atento à sabedoria; e inclinares o teu coração ao entendimento; 3 Se clamares por conhecimento, e por inteligência alçares a tua voz, 4 Se como a prata a buscares e como a tesouros escondidos a procurares, 5 Então entenderás o temor do SENHOR, e acharás o conhecimento de Deus. 6 Porque o SENHOR dá a sabedoria; da sua boca é que vem o conhecimento e o entendimento. 7 Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade, 8 Para que guardem as veredas do juízo. Ele preservará o caminho dos seus santos. 9 Então entenderás a justiça, o juízo, a equidade e todas as boas veredas.”

Saberemos mais sobre a natureza e as consequências da tentação se gastarmos mais tempo nas Escrituras e com oração (Mt. 26.41). A luz que ilumina o entendimento vem da Bíblia: Sl. 19.8, “Os preceitos do SENHOR são retos e alegram o coração; o mandamento do SENHOR é puro, e ilumina os olhos.”; 119.105, “Lâmpada para os meus pés é Tua palavra, e luz para o meu caminho.”; 73.17, “Até que entrei no santuário de Deus; então entendi eu o fim deles.”; Pv. 6.23, “Porque o mandamento é lâmpada, e a lei é luz; e as repreensões da correção são o caminho da vida”

Quanto maior o tempo dedicado às Escrituras, maior conhecimento terá sobre as tentações. Quanto maior é o conhecimento da natureza das tentações maior é a nossa vitória sobre elas. Como diz em Ef. 6.11, “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.”


Que Deus te abençoe.