3.12.14

A graça de Deus.

“Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus: Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais” - João 8:10-11

Jesus foi ao Monte das Oliveiras onde orava, depois voltou ao templo para ensinar e a multidão se reuniu em torno dele. Neste momento, apareceram alguns líderes religiosos inescrupulosos e arrogantes, para estabelecer um confronto com Jesus, colocando no cenário uma mulher apanhada em adultério.

Este confronto se dá entre três forças: o uso da lei mosaica implacável, que exigia o apedrejamento da mulher e do homem apanhados em adultério; a lei romana que desautorizava os judeus a execução dessa lei; e a lei restauradora da graça de Deus.

Se Jesus fosse a favor de Moisés estaria contra Roma; se fosse a favor de Roma estaria contra Moisés. Veja que o objetivo desses homens era condenar Jesus e não a mulher, pois esta já estava condenada.

Mas Jesus, por sua vez, transpõe-se aos raciocínios humanos e limitados desses homens, supera as leis de Moisés e Roma e flui uma magnífica ótica de reflexão, baseada unicamente na sensibilidade da graça de Deus.

A fragilidade daquela mulher estava exposta e humanamente desprotegida. Seria brevemente mais uma vítima das forças impiedosas do mal. O julgamento era desumano e sem misericórdia, mas a graça de Deus prevaleceu.

Essa graça divina e tão incompreendida por aqueles homens abraçou e protegeu aquela frágil alma, fazendo emudecer toda voz propagadora de juízo infame, injusto e carnal.

A graça de Deus não estava ali para discutir o passado daquela mulher. A graça de Deus estava ali com o intuito máximo de mostrar o quanto a bondade de Deus é restauradora e o quanto ela abre as portas para uma nova vida e um refrescante recomeço.

Se o diabo nos acusa de um lado e ele é o único que se presta a esse papel, temos a nosso favor a graça de Deus, que está acima de qualquer artifício e engenhosidade humana.

A sensibilidade da graça de Deus enxerga o valor de uma vida humana e a redime.

Afinal, a graça de Deus avalia a dor da alma e ministra alívio, fecha as portas do inferno e abre as do céu para um presente, um futuro e uma eternidade com Deus.

Que Deus te abençoe.